Bill
Clinton, em entrevista à Revista Veja em junho de 2011, afirmou que se
estivéssemos realmente perto de uma catástrofe ambiental, certamente já
haveriamos um Bretton Woods ou um Plano Marshall Global. Na conversa, o
ex-presidente americano exarou que o Brasil é visto, de fora, como um país
ambientalmente exemplar, que conseguiu diminuir o ritmo do desmatamento e que
tem quase toda a energia produzida através de fontes limpas, como as hidrelétricas.
No entanto, segundo ele, devido aos grandes problemas encontrados na construção
de novas hidrelétricas, principalmente em terras indígenas ou mata nativa, o
Brasil deveria aproveitar seu potencial de geração de energia solar.
Jorge Ben já cantarolou que moramos num país tropical, bonito por natureza. No
entanto, justamente pelo perigo dessa beleza se esvair é que nós, como cidadãos
brasileiros, devemos nos preocupar com sustentabilidade. Uma alternativa em
meios de energia renovável, é a energia fotovoltaica (ou solar) – não gera
poluentes para o meio ambiente, possui um baixo custo de manutenção dos
equipamentos utilizados, pode ser instalada em residências e, pode ser muito
interessante como alternativa a lugares isolados, uma vez que só depende da
instalação de placas.
É desagradável pensarmos que apenas cerca de 1% da energia produzida e
consumida no planeta é de origem solar, principalmente quando pensamos que o
Sol produz cerca de 4 milhões de vezes mais energia do que consumimos (isso
quer dizer que em apenas um segundo, o sol produz mais energia do que toda
energia usada pela humanidade desde o começo dos tempos), segundo dados do
Portal Energia. Com todo esse potencial, poderia a energia proveniente do Sol
tornar-se grande solução pra todos os problemas energéticos brasileiros.
Ademais, a energia solar pode substituir o gás e a eletricidade no aquecimento
de água, através da implantação de reservatórios térmicos.
No ano de 2003, o Governo Federal lançou o programa Luz para Todos, com a
intenção de levar luz elétrica a toda a população urbana e rural que vivia em
lugares isolados. Os investimentos chegaram a quase 20 bilhões, segundo dados
do sítio do programa Luz para Todos na internet. Todo esse valor poderia ser
drasticamente reduzido com a instalação de paineis solares em vez da
necessidade de fiação de cabos elétricos para transmissão da energia gerada em
hidro e termoelétricas. Por mais que a instalação de painéis solares tenha um
vultoso investimento inicial, ela é mais compensadora quando se pensa no valor
da manutenção dos equipamentos, como já referido acima. Assim, não seria
necessária a concessão de desconto aos usuários desses locais, como foi
proposto pelo governo. Como última vantagem, ainda as zonas geradoras dessa
energia poderiam vender o excedente, podendo melhor desenvolver a economia
local.