Quem
nunca ouviu falar ou assistiu alguma reportagem da tragédia ocorrida na
Usina Nuclear de Chernobil, na antiga União Soviética, em 1986?Após
relembrar o fato durante um documentário televisivo, achei interessante
escrever sobre o tema.
Pelas
informações e entrevistas, de autoridades da época, somente três dias após o
ocorrido é que o governo soviético se deu conta da gravidade de situação e
mobilizou técnicos e o exército para atendimento das populações atingidas pelo
problema que ocorreu na Usina número 4, causando uma explosão que obrigou a
retirada da população ao redor, numa operação que até hoje não se sabe quantas
pessoas foram atingidas pelas radiações.
A onda
de fumaça se espalhou até a Europa, mas a região mais afetada foi nos arredores
das usinas, onde milhares de pessoas sentiram o impacto direto da
exposição.Alguns sobreviveram, outros vieram a falecer, em face da pesada
contaminação radioativa.
Logo após ao desastre foi efetuada, pelo governo soviético a maior e mais perigosa operação de limpeza, efetuada pelos "Liquidadores". As equipes de liquidadores estavam compostas, principalmente, por bombeiros, cientistas e especialistas da indústria nuclear; tropas terrestres e aéreas prontas para a guerra atômica e engenheiros de minas, geólogos e mineradores de urânio, pela sua ampla experiência na manipulação dessas substâncias. É néscio supor que estas pessoas ignoravam os perigos de um reator nuclear destripado cujos conteúdos você vê brilhar na frente dos seus olhos num enorme buraco.
Logo após ao desastre foi efetuada, pelo governo soviético a maior e mais perigosa operação de limpeza, efetuada pelos "Liquidadores". As equipes de liquidadores estavam compostas, principalmente, por bombeiros, cientistas e especialistas da indústria nuclear; tropas terrestres e aéreas prontas para a guerra atômica e engenheiros de minas, geólogos e mineradores de urânio, pela sua ampla experiência na manipulação dessas substâncias. É néscio supor que estas pessoas ignoravam os perigos de um reator nuclear destripado cujos conteúdos você vê brilhar na frente dos seus olhos num enorme buraco.
Durante
esta operação foram reunidos os fragmentos de sucata da usina explodida,
agrupados e enterrados a fim de tentar diminuir as radiações por
eles emanadas.Os liquidadores eram na sua maioria jovens, que vieram de todas
as partes da URSS e tiveram que enfrentar altos níveis de pó e radiação, a
ponto de poderem só recolher material em minutos, sempre protegidos por
verdadeiras armaduras. Esses sofreram conseqüências terríveis, pois enfrentaram
radiações maiores, mais do que a própria população atingida.
Nos
depoimentos relatados pela equipe de jornalismo, viu-se que muitos desses
homens morreram e outros carregam até hoje alterações pelo corpo, tendo que
permanecer nos hospitais boa parte do ano. Menos de 30 anos depois do fato, que
ao seu fim lacrou-se a usina, com aço e chumbo, as autoridades ainda discutem o
que fazer para reforçar o isolamento da mesma, visto que a ação do tempo
acelera o processo de degradação. Até hoje muitos fatos foram omitidos, mas parece
que as autoridades continuam investindo nessa forma de energia, altamente
poluente e onerosa. Caso a explosão tivesse atingido a usina vizinha, mais de 30
milhões de pessoas no mundo teriam sido atingidas. Os registros oficiais,
incríveis, mostram que 4 mil pessoas foram afetadas, o que está sendo
contestado e ainda há países tais como a índia, o Irã e a Coréia do Norte, que
exploram essa modalidade de energia.
A
humanidade está servida de recursos e tecnologia para lidar com algo tão
perigoso, poderoso e poluente como a energia nuclear? Cabe aqui a
consciência ecológica e uma bela reflexão a cerca do tema e a opção por meios
renováveis e menos poluentes.
José Festa
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